No início deste ano, foi criado, em Macau, um órgão, denominado Conselho para o Desenvolvimento Económico.Este Conselho reveste o carácter de órgão consultivo do Chefe do Executivo e propõe- se emitir pareceres e apresentar propostas sobre as políticas e as estratégias de desenvolvimento económico, recursos humanos, entre outros.
No que respeita à sua composição, o diploma que criou este Conselho prevê que ele é presidido pelo Chefe do Executivo, e conta com a presença do Secretário para a Economia e Finanças e representantes de associações " de interesses económicos" (entenda-se de empregadores e de trabalhadores) e de personalidades de prestigio, académicos e representantes de organismos públicos.
Sempre pensei que a escolha dos membros iria obedecer a critérios equitativos que permitissem reflectir equilibrios e o sentir da sociedade.
Porém, qual não foi o meu espanto quando os jornais noticiaram que dos 52 membros do Conselho apenas três são representantes de associações de trabalhadores, sendo que os restantes são representantes de associações empresariais e alguns académicos.
Equilibrio??
