sábado, 15 de setembro de 2007

Operação Furacão (II)

No âmbito da investigação ao processo conhecido por "máfia dos bingos", desencadeada em Abril passado, a Polícia Federal (brasileira), solicitou "uma cooperação judicial e policial directa" a Portugal para averiguar o "eventual envolvimento de portugueses e alguns elementos ligados ao Partido Socialista" com o caso, diz a edição online do Público de ontem.
Isto porque dois dos 25 implicados nesta megaoperação são empresários portugueses, actualmente em fuga, depois de beneficiarem de um "habeas corpus".
Um desses empresários chegou a ser nomeado cônsul- honorário de Portugal em Cabo Frio, cargo que nunca chegou a a assumir, mas do qual só agora foi exonerado, em Diário da República.
A Polícia Federal suspeita que os dois fossem os intermediários no negócio de expansão de casas de jogo e os "operadores" da lavagem de dinheiro.
O financiamento partidário seria parte da estratégia do grupo, que financiou de uma forma ostensiva a campanha do candidato do PS ao círculo fora da Europa, em 2005.
Às autoridades portuguesas também já foi pedido para bloquearem contas bancárias pertencentes a off-shores registadas na ilha da Madeira, solicitação já cumprida.
Perante tudo isto, é dificil não concordar com a eurodeputada socialista, Ana Gomes, pois o problema não está tanto na demora da exoneração, mas sim no facto desta nomeação ter ocorrido.