Mais de 44 mil professores não conseguiram um horário completo no concurso destinado a preencher as necessidades "residuais" das escolas.
Segundo o Ministério da Educação tal fica a dever-se à redução da população estudantil do ensino básico: "O nosso sistema de ensino não está em fase de crescimento, pelo contrário, está em fase de retracção. Temos cada vez menos alunos no ensino básico e, portanto, não há condições para responder às expectativas destes diplomados no ensino".
De facto, o nosso país apresenta, desde há várias décadas, números alarmantes de envelhecimento demográfico.
Governos sucessivos nada fizeram por uma política eficaz em prol da natalidade e das famílias e a situação económico- financeira em que Portugal se encontra nos últimos anos em nada contribui para superar a deficiente renovação geracional.
Além disto, o Estado não é uma fonte inesgotável de emprego e por isso, é frustante para todos aqueles que se prepararam durante anos para exercerem a profissão de professores, estarem agora impedidos de o fazer.
E nos próximos anos a situação não deverá sofrer alterações, antes pelo contrário, a sua tendência deverá ser a de agravamento.
