O estatuto da provincia sérvia do Kosovo vai pôr à prova, mais uma vez, a credibilidade da política externa da União Europeia (UE), que em múltiplas ocasiões anteriores tem sido inexistente.Se por um lado, os sérvios recusam admitir qualquer forma de independência da provincia que consideram sua (quando muito aceitam uma autonomia alargada), por outro, os kosovos albaneses apenas querem a independência e ameaçam declará-la até ao final deste ano.
Além disto, os russos apoiam a posição da Sérvia e os EUA admitem a independência da provincia.
A data limite para se tentar encontrar uma solução negociada, a nível internacional, é 10 de Dezembro.
Países membros da UE, como a Espanha ou o Chipre, com problemas regionais sensíveis ou os interesses específicos (e históricos) de outros membros, como a Alemanha, poderão tornar extremamente difícil encontrar uma posição consensual entre os europeus.
Aliás, num passado bem recente, os europeus foram incapazes de encontrar uma posição comum relativamente aos Balcãs, com as consequências terríveis que depois ocorreram.
Será que os europeus aprenderam a lição da História?
Duvido.
