quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Nova era ou flop?

O "Venetian Macau Resort Hotel", empreendimento gigante da operadora de jogo norte-americana, a Las Vegas Sands, do milionário Sheldon Adelson, foi inaugurado na passada terça- feira.
O empreendimento inspirado na arquitectura veneziana, com uma reprodução da Torre da Praça de S. Marcos (também tem gôndolas e gondoleiros a cantar o "Ó sole mio"), compreende o maior casino do mundo e, ainda, um hotel com 3 mil quartos, um centro comercial (e 350 lojas), um centro de convenções e exposições, um pavilhão polivalente e um teatro com 1800 lugares.
Mas é o centro de convenções e exposições que é considerado como uma das principais mais valias (de que o jogo vai ser um complemento).
São 110 mil metros quadrados de superfície disponível (maior do que o Centro de Convenções e Exposições ou o AsiaExpo, ambos de Hong Kong), sendo que a lógica do “Venetian” é a mesma que se verifica em Las Vegas actualmente: encher os seus três mil quartos com turistas durante o fim-de-semana e apostar no mercado das feiras profissionais e congressos entre segunda e sexta-feira.
Mas a dificuldade do “Venetian” coloca-se do lado da mão-de-obra qualificada. O centro de convenções vai ter grande necessidade de pessoal e, apesar das formações entretanto levadas a cabo, a procura de trabalhadores especializados na indústria MICE (da sigla inglesa "Meeting, Incentives, Conventions and Exhibitions") cresce muito depressa.
Para garantir o afluxo de clientes ao “Venetian”, a operadora norte-americana adquiriu dez embarcações com capacidade para cerca de 400 passageiros, seis aviões, dois helicópteros e 85 autocarros.
Tudo para levar diariamente ao mega-complexo do Cotai (uma vez que a sua localização é entre Coloane e a Taipa) cerca de 30 a 40 mil visitantes, o mínimo necessário para que o empreendimento seja viável, segundo os analistas.
Será este início, de facto, de uma nova era para Macau ou um grande flop?