segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Não à pena de morte

Os Estados Unidos ocupam o sexto lugar na lista dos países com mais execuções, 53 em 2006.
Com mais de três mil condenados aguardar a execução nas prisões americanas, a Administração Bush decidiu acelerar a aplicação da pena capital, reduzindo o período de tempo que os condenados têm para apresentar recurso e entregando ao Procurador- Geral, Alberto Gonzales, a competência para decidir se os detidos devem viver ou morrer.
Esta proposta encontra-se em discussão pública até Setembro e deverá ser aprovada o mais rapidamente possível, pois a Administração Bush pretende reduzir o custo com estes prisioneiros, visto o Estado americano gastar com cada condenado à morte mais 90 mil dólares do que com os outros detidos.
Porém, os opositores à pena de morte, admitem que ao reduzir o tempo que cada condenado passa no "corredor da morte", cerca de 20 a 25 anos, a Administração Bush esteja a diminuir as oportunidades de os tribunais detectarem eventuais erros nos processos (o recurso a testes de ADN já permitiu absolver vários condenados à morte).
Além disto, recordam que Alberto Gonzales era o conselheiro jurídico de Bush, quando este era Governador do Texas, cargo onde o actual Presidente se destacou, pelo número recorde de execuções que ocorreram durante os seus 8 anos de Governador.