terça-feira, 7 de agosto de 2007

Filho único

Na China persiste a ideia tradicional de que uma família é tanto mais feliz quantos mais filhos tenha, o que talvez possa explicar o facto de este ser o país com a maior população no mundo.
Em 1979, as autoridades deram início aquilo que ficou conhecido pela "política do filho único", com o objectivo de refrear o crescimento demográfico.
Recentemente, o governo chinês decidiu recuperar aquela política tendo procedido à colocação de cartazes e anúncios, em algumas aldeias, para exortar as famílias a ter apenas um único filho, mas que foram retirados por conterem expressões severas e consideradas de mau gosto, como por exemplo "um novo bébe significa um novo túmulo" ou "tenha menos crianças e mais porcos".
Foram, então, substituídas por recomendações como " a mãe terra está cansada de sustentar tantas crianças" ou "tanto os meninos como as meninas são o amor dos seus pais" (esta última para evitar a morte de crianças do sexo feminino nas zonas rurais).
Segundo a agência oficial Xinhua, os antigos cartazes podiam "causar mal entendidos e prejudicar a imagem do governo".