segunda-feira, 7 de maio de 2007

A reunificação familiar

Macau assistiu nas últimas semanas, a manifestações (ordeiras) promovidas pela Associação para a Promoção da Reunificação Familiar que percorrem as principais artérias da cidade, vindo a terminar em frente à sede do Executivo local.
A razão de ser destas manifestações remonta ao início da década de 90 quando a Administração portuguesa permitiu que diversas familias vindas do continente chinês permanecessem no território. Anos mais tarde, essa mesma Administração autorizou que os membros dessa famílias (incluindo os filhos menores de 18 anos) passassem a ser considerados residentes, e, consequentemente, a serem titulares de BIR (bilhete de identidade de residente).
O que aquelas familias pretendem agora é que o Executivo actual permita que os restantes membros (os que eram, então, de maior idade), e que se encontram a viver no continente chinês, se lhes possam juntar e desse modo, beneficiarem do dito BIR, passando a ser considerados residentes. Estima- se que o número de pessoas nesta situação ronde as 10.000 pessoas.
Porém, a resposta do Executivo é que a solução definitiva destas situações depende do Governo Central em Pequim.
Cansados de esperar, a dita Associação (dirigida por um político local com vontade de ganhar visibilidade depois de nas últimas eleições ter tido uma fraca votação) entendeu promover estas manifestações com periodicidade quinzenal, como forma de pressionar o Executivo na busca de uma solução.
A reunificação familiar foi um dos lemas da manifestação do 1º de Maio passado ocorrida em Macau e tristemente famosa em todo o Mundo.