sábado, 27 de outubro de 2007

A liberdade da arte

Uma campanha institucional contra a discriminação sexual, que mostra a imagem de um recém-nascido com uma pulseira de identificação, onde, em lugar do nome, se lê 'homossexual' reabriu em Itália o debate sobre a ética na publicidade.
Na foto em questão, o seu autor pretendia transmitir a ideia que a orientação sexual de cada um não era uma escolha, mas sim inata (a frase em italiano significa "a orientação não é uma eleição").
O célebre fotógrafo italiano, Oliver Toscani, autor de inúmeras fotografias para a marca de roupa Benetton, qual delas mais polémica, ficou a dever a sua fama a essa mesma polémica que as suas fotos provocavam.
E, ainda recentemente, uma foto sua de uma jovem anoréxica voltou a criar polémica e foi retirada de circulação pela autoridade italiana de auto-regulação.



Até onde poderá ir a publicidade?
Será que o objectivo de chamar a atenção do público para determinado assunto ou problema legitima a utilização desenfreada de temas fotográficas sem qualquer limite?
Se há regras em todas as profissões (deontologia?) porque razão deveria aceitar-se que os artistas (seja qual for a forma de arte pela qual se exprimem) têm tanta dificuldade em aceitar a imposição de regras, pela simples razão que são artistas e a arte deve ser livre?