quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Jogos Asiáticos em Recinto Coberto

Este é o logotipo dos 2ºs Jogos Asiáticos em Recinto Coberto que estão a decorrer em Macau, desde a passada sexta-feira.
Participam 45 países e territórios asiáticos (Macau e Hong Kong participam com equipas independentes da China).
O curioso é o facto de as modalidades que fazem parte destes Jogos serem, como direi??, algo ortodoxas.
Passo a enumerar algumas: natação com barbatanas, "bowling" (hã?), bilhar (hã?, hã?), jogos electrónicos (hã?,hã?,hã?), dança do dragão (sempre dá um toque local...), dança do leão (este "toque" já é mais regional...), desportos radicais (uba, uba que loucos!), como skate ou patins em linha, futsal (vale lá...), danças de salão (sim...isso mesmo, rumba, cha-cha-cha, samba, valsa, etc), ciclismo artístico (parecem mais provas de equilibrio, dignas de um espectáculo circense, com o devido respeito pelos circos), muay (ou boxe tailandês), kabbadi (jogo típico do sul da Ásia, em particular na India, Bangladesh e Paquistão, parece rugby mas sem bola, pois quando atravessam a "linha de ensaio" cantam...), dança desportiva, futebol com bicicleta (não, não estão a ler mal, é ver os futebolistas/ciclistas a fazer dribles montados nas bicicletas aos saltos...indescritível!!), dança aeróbica, kurash (espécie de luta livre), kick-boxing e xadrez (dá um ar de mais respeitabilidade aos jogos...).
Tal como nos "outros" jogos, digamos, mais olímpicos, também aqui já foi "apanhado" um atleta nas malhas do doping: foi detectada marijuana no controlo de um atleta afegão que tinha vindo participar no bilhar.
O atleta não pediu contra-análise, pois admitiu que tinha fumado um "charro"!
Entretanto, uma atleta japonesa foi expulsa das provas de xadrez porque se esqueceu de desligar o telemóvel e este tocou durante a realização de uma disputa.
A China lidera, nesta altura, e muito destacada, o quadro das medalhas conquistadas (só de ouro são 35, contra 9 da Tailândia que está em segundo).

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Eutanásia?

Em Portugal, a semana passada, discutiu-se a problemática da eutanásia, discussão que envolveu cientistas, médicos, juristas e religiosos, tendo por base da discussão um estudo recente, levado a cabo pelo Serviço de Biomédica e Ética da Faculdade de Medicina do Porto.
Seguundo esse estudo, cerca de 50% dos idosos entrevistados (mesmo não sofrendo de doenças terminais ou crónicas) revelavam que estes admitiam a legalização da eutanásia.
Lembrei-me disso quando li nas notícias, uma relativa ao antigo primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, que está em coma, desde Janeiro de 2006, quando sofreu uma segunda e mais intensa embolia.
Desde, então, o seu estado de saúde não sofreu qualquer evolução e o seu estado actual é caracterizado como "vegetativo, com escassas probabilidades de recuperar a consciência".
O seu cérebro não regista qualquer actividade, desde então, mas a sua família não permite que seja desligado o tubo que o alimenta e o faz respirar, na esperança de que ele "ainda venha a recuperar".
E, a esperança é a última a morrer, acrescento eu!
Acontece que Sharon foi submetido, nos últimos meses, a 3 intervenções cirúrgicas ao cérebro e uma ao abdómen, e mais três operações ligeiras, para "garantir estabilização".
As complicações, porém, não têm cessado, e incluem desde paragens nos rins, que obrigaram a tratamentos de hemodiálise, a uma pneumonia e uma infecção cardíaca.
A leitura desta notícia, fez-me recordar a questão da eutanásia, e de como se trata de um assunto que tem tanto de polémico como de extremamente delicado, face aos aspectos religiosos, éticos, morais e jurídicos que lhe são inerentes.
Além de ser sobretudo uma questão interior, de cada um de nós.
Se é inquestionável a necessidade de valorizar a dignidade da vida humana, a morte, termo dessa vida humana, enquanto matéria, não deveria ter ou revestir, igualmente, essa necessidade de dignidade?
A recusa de uma família recusar desligar o aparelho que mantém artificialmente a "vida" de algum ente querido, em estado vegetativo, não será antes uma atitude egoísta de quem não aceita o fim desse mesmo ente?
Não sei.
E duvido, que alguém consiga ter certezas sobre esta problemática.
Em 2004, o realizador espanhol Alejandro Aménabar soube abordar o tema da eutanásia (ou seria suicídio assistido?) no seu filme "Mar adentro", com Javier Barlem.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Mais distante

A hora de inverno chegou ontem a Portugal.
Que, assim, fica mais distante.
A diferença para Macau é, agora, de 8 horas.

Miguel Sousa Tavares

Chama-se "Rio das Flores".
É o novo livro de Miguel Sousa Tavares e foi posto à venda a semana passada.
Gosto de ler as suas crónicas nos jornais sobre a actualidade e sobre futebol (os seus comentários televisivos não são transmitidos em Macau...).
E o "Equador", foi um livro que se leu bem e de fugida. Já o mesmo tinha sucedido com "Sul", as suas crónicas de viagens.
Segue-se um pequeno extracto da entrevista que pode ser lida na íntegra em dn:

" DN- Porque tem tantas descrições de comida e de sexo?
MST - As duas coisas que os homens mais gostam de comer."
Machista?
Nããã!!

domingo, 28 de outubro de 2007

Prémio Sakharov 2007

O Prémio Skaharov de 2007, atribuído pelo Parlamento Europeu, foi para Salih Mahmoud Osman, advogado e activista dos direitos humanos.
Este advogado notabilizou-se pelo apoio jurídico gratuito dado às vítimas de abusos no Sudão, em especial na província ocidental sudanesa do Darfur, onde a violência provocou pelo menos 2,5 milhões de deslocados e refugiados desde 2003.
A atribuição deste prémio revela-se decisivo não só para chamar mais uma vez a atenção para o drama da população do Darfur, mas também para os sacrifícios pessoais que a dedicação à causa das vítimas de abusos no Sudão representou para este activista, pois alguns membros da sua família foram mortos e torturados.
Há dois anos, Osman foi distinguido com o Prémio Internacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados dos EUA e pela organização não governamental Human Rights Watch.

sábado, 27 de outubro de 2007

A liberdade da arte

Uma campanha institucional contra a discriminação sexual, que mostra a imagem de um recém-nascido com uma pulseira de identificação, onde, em lugar do nome, se lê 'homossexual' reabriu em Itália o debate sobre a ética na publicidade.
Na foto em questão, o seu autor pretendia transmitir a ideia que a orientação sexual de cada um não era uma escolha, mas sim inata (a frase em italiano significa "a orientação não é uma eleição").
O célebre fotógrafo italiano, Oliver Toscani, autor de inúmeras fotografias para a marca de roupa Benetton, qual delas mais polémica, ficou a dever a sua fama a essa mesma polémica que as suas fotos provocavam.
E, ainda recentemente, uma foto sua de uma jovem anoréxica voltou a criar polémica e foi retirada de circulação pela autoridade italiana de auto-regulação.



Até onde poderá ir a publicidade?
Será que o objectivo de chamar a atenção do público para determinado assunto ou problema legitima a utilização desenfreada de temas fotográficas sem qualquer limite?
Se há regras em todas as profissões (deontologia?) porque razão deveria aceitar-se que os artistas (seja qual for a forma de arte pela qual se exprimem) têm tanta dificuldade em aceitar a imposição de regras, pela simples razão que são artistas e a arte deve ser livre?

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Money makes the world go around

Millennium BPI

É este o nome proposto para a instituição que possa resultar da fusão entre o Millennium BCP e o BPI.
O BCP estava a pedi-las. E o BPI não se fez rogado.
Embora, o preço oferecido não seja muito convincente, esta proposta amigável de fusão que a Administração do BPI apresentou pode ser a saída airosa para os problemas que a Administração do BCP e, nomeadamente Jardim Gonçalves, criou, nos últimos anos, à instituição que ajudou a crescer.
Noutras circunstâncias, a proposta seria de rejeitar liminarmente, mas com a conjuntura actual temo que tal não seja possível.
Ou será que há algo mais e, de facto, poderá haver outras instituições (espanholas?) que também "farejam o defunto"?
Mas, entretanto, vendo ou não?

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Fadas, duendes e gnomos

O líder Luís Filipe M. em nome da nova Comissão Política do PSD, defendeu a ratificação do novo Tratado Reformador, da União Europeia, por via parlamentar, contrariando uma posição anterior do partido, que defendia a ratificação por referendo, aprovada em Conselho Nacional, durante a liderança de Marques Mendes.
Esperemos que o líder Luís Filipe M. não se tenha precipitado...
Na Assembleia da República, o líder (parlamentar) do PSD, Pedro S. Lopes, "renovou" as presidências das 4 comissões parlamentares que competiam ao PSD, o que se traduziu, em três delas, na subtituição de personalidades tidas como próximas do chamado barrosismo.
Logo surgiram vozes a criticar o "saneamento" político, o que o líder (parlamentar) do PSD, Pedro S. Lopes, negou de imediato, reiterando a necessidade de renovação.
Mas, um dos novos vice-presidentes, Rui Gomes da Silva, fiel seguidor do líder (parlamentar) do PSD, Pedro S. Lopes, assumiu a ruptura, afirmando que se tratou de uma "mudança política". Foi, então que o líder (parlamentar) do PSD, Pedro S. Lopes, rematou com esta "pérola": "os diamantes não são eternos".
Ele lá sabe.
Entretanto, o líder Luís Filipe M. já afirmou que no PSD "não há perseguições" e que o seu "consulado será marcado por enorme tolerância das opiniões e aceitação das diferenças".
Pois!!
E, eu acredito em fadas, duendes e gnomos.

Júlio Resende

A maior mostra dos trabalhos do Mestre Júlio Resende está reunida, desde ontem, no grande salão do edifício da Alfândega do Porto, até ao dia 7 de Novembro.
A comemorar o seu 90º aniversário, esta nova exposição individual do autor de Ribeira Negra (1984) celebra uma nova viagem que parte de Paris, na década de quarenta do século passado e termina com obras concluídas em 2007, na sua casa em Gondomar.

Desculpe, posso escutá-lo?

Depois do Procurador-Geral da República ter expresso a sua suspeita de ter o telemóvel sob escuta, por causa dos ruídos estranhos que faz, agora são os dirigentes das asssociações profissionais de militares virem a público afirmar terem "fortes suspeitas" de estarem a ser alvo de escutas telefónicas, suspeitas que são partilhadas por alguns responsáveis sindicais da PSP.
Afinal, parece que meio mundo anda a escutar o outro meio....mas quem escuta quem?
É que o director da Polícia Judiciária declarou, ontem, peremptoriamente, que "não há" escutas ilegais!
E sobre o excesso de escutas, garantiu que estas são judiciais e portanto legais.
Mas este mesmo director manifestou, em 2005, a sua preocupação relativamente ao número elevado de escutas e que a sua prática estava longe de ser consensual, gerando legítimas perplexidades e inquietações.
O director da PJ foi mais longe e afirmou mesmo que "as violações à lei estão próximas da incúria profissional" e afectavam a credibilidade da Justiça.
Será que mudou alguma coisa desde 2005 ou só mudou a opinião do director da PJ?

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Chissano- herói africano

Joaquim Chissano, antigo presidente de Moçambique, venceu o prémio de Boa Governação, atribuído pela Fundação Mo Ibrahim, no valor de 5 milhões de dólares.
Kofi Annan, ex- secretário-geral da ONU, e presidente do júri que atribuiu o prémio, justificou a decisão pelo "papel de Chissano na conquista da paz, da reconciliação e do progresso económico em Moçambique".
Criado em 2006, o "maior prémio do mundo", segundo a organização, destina-se a antigo líderes da África subsariana que tenham deixado o poder de forma voluntária. Em comunicado, o júri saudou a decisão de Chissano "de não lutar por um terceiro mandato" apesar de tal estar previsto na Constituição e sublinhou a "força de carácter" de um homem que "demonstrou que o processo democrático é mais importante do que as personalidades".
Annan referiu, ainda, o facto de Moçambique ser uma "história de sucesso em África".
Chissano conseguiu terminar a guerra civil que destruía o país, reconciliou-se com a RENAMO, venceu duas eleições consideradas limpas e retirou-se voluntariamente do poder.
Moçambique tem, ainda, um longo caminho a percorrer, mas está definitivamente no bom caminho e Chissano é um exemplo para outros líderes africanos, como o seu vizinho Mugabe no Zimbabwe ou até o presidente do Gabão, no poder desde 1967.

Falta de ambição

Um povo que lê é um povo culto.
E um povo culto é um povo que vive num local ou país desenvolvido.
Em 10 anos, o número de portugueses que lê livros aumentou 7% e dos que lêem jornais o número "salta" para os 20%.
Claro que estes números não surpreendem. Infelizmente!!
É dificil esperar que alguém se preocupe em ler (a não ser a "Bola"....) quando não sabe se vai receber o salário no final do mês ou se vai se despedido, ou sequer a incentivar os seus filhos a ler, deopis de passar horas "enfiado" no meio do trânsito durante horas.
Por isso, os números apresentados não ficam apenas aquém do expectável, como afirmou a Ministra da Educação.
São reveladores do falhanço da(s) política(s) de ensino adoptadas em Portugal.
É incompreensível considerar como "globalmente positivo" os resultados da Plano Nacional de Leitura.
Pobre país que se contenta com tão pouco.
Os portugueses, de facto, têm falta de muita coisa, e uma delas é falta de ambição.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

A transição

"Vou dizer uma coisa com toda a clareza que talvez não devesse dizer: acho que em Portugal são feitas de forma exagerada. Eu próprio tenho muitas dúvidas de que não tenha telefones sob escuta. Às vezes faz uns barulhos esquisitos".

"Tenho profundas dúvidas sobre essa proibição (da publicação das escutas telefónicas). É a dúvida entre aquilo que se pode chamar a defesa do interesse público e a defesa do cidadão".

"O Ministério Público é um poder feudal neste momento. Há o conde, o visconde, a marquesa e o duque".

Estes são extractos das declarações prestadas pelo Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, ao semanário "Sol".
Declarações que, concerteza, não se devem à ingenuidade, falta de experiência ou leviandade do Procurador no contacto com os jornalistas.
Mas que são demasiado graves para serem verdadeiras.
As escutas telefónicas continuam a representar um autêntico "saque" à privacidade dos cidadãos e sobre as quais ninguém tem controle sobre como são efectuadas.
E, assim, mais vale assobiar para o lado e estar atento aos ruídos esquisitos dos telefones.
Quanto à referência do poder feudal (que existirá no Ministério Público), ela parece significar que Pinto Monteiro quer liderar a entrada do Ministério Público na "idade moderna".
Mas convém recordar que os historiadores não se entendem sobre qual o evento mais importante para o fim do feudalismo.
A tomada de Constantinopla pelos otomanos?
A conquista de Ceuta pelos portugueses?
A viagem de Colombo à América?
Ou a descoberta do caminho marítimo para a India de Vasco da Gama?
Numa coisa, os historiadores estão de acordo.
A idade moderna é considerada, por excelência, uma época de transição.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Kimi Raikkonen


Chamam-lhe "iceman", ou seja, "homem de gelo".
Frio, pouco emotivo, nunca sorri, mas é competente.
Como ontem se viu.
Gosta de beber e de festas. Dizem que é discreto.
Nas pistas, intrometeu-se de mansinho entre os principais candidatos Alonso e Hamilton, e, com a ajuda de Filipe Massa, seu companheiro na Ferrari, alcançou o 1º lugar.
Parabéns.
Gostei de ver a banhada que deu à McLaren.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ética precisa-se

A guerra suja no Millennium/BCP prossegue com novas inimagináveis.
Com muita informação e contra-informação.
E, inacreditável, é continuar a assistir à forma como pessoas com um percurso notável em termos de gestão permanecem agarradas a um lugar, não entendendo que o seu momento passou.
Lamentável em qualquer circunstância, sobretudo numa instituição com esta dimensão.

Orgulho

Conhecida, essencialmente, pelos implantes mamários, Gemma garante que nem tudo nela é falso: “Tenho mamas e cabelos falsos mas tenho muito orgulho nos meus dentes verdadeiros.”
(Parte de uma) Notícia do correiodamanha sobre Gemma Atkinson, alegada ex-namorada de Cristiano Ronaldo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Pobre Portugal

Afirmar que Portugal é um país pobre e com profundas desigualdades sociais não surpreende ninguém.
De acordo com estatísticas recentes publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística, um quinto dos portugueses vive com menos de 360 euros por mês ou 4321 euros anuais, ou seja no limiar da pobreza.
E 32% da população activa, entre os 16 e os 34 anos, seria pobre se dependesse só do seu trabalho.
Além disto, Portugal é o país da União Europeia onde o fosso entre ricos e pobres é maior.
O rendimento dos 2 milhões de portugueses mais ricos é quase sete vezes maior do que o rendimento dos dois milhões de pessoas mais pobres.
Mas este quadro (bem) negro da realidade portuguesa não se fica por aqui, pois, no último ano, os cem portugueses mais ricos viram a sua fortuna aumentar cerca de 33%, enquanto a média da população portuguesa só conseguiu aumentar o seu rendimento em cerca de 2% ou 2.5%.

Chamem-lhe estúpido

Chamem-lhe estúpido
"O presidente da Câmara de Beja entregou as chaves da cidade aos príncipes das Astúrias."
(via lobi)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

A Catalina

As declarações da ex-provedora da Casa Pia, Catalina Pestana, publicadas nas duas últimas edições do semanário "Sol", causam estupefacção e perplexidade.
E fico sem perceber se as suas insinuações, comentários e críticas são o resultado de uma frontalidade ingénua, ou, pelo contrário, misturam-se ali política, maçonaria, pedófilos, num mundo onde não se sabe quem são os bons ou os maus porque estes últimos protegem-se uns aos outros, dentro do maior secretismo.
Por outro lado, e a ser verdade, o que afirma, que responsabilidade lhe fica a caber a ela na "reforma" da instituição que, afinal, não conseguiu proteger aqueles, os "meninos", que supostamente deveria defender?
Confusos?
Eu também!
Mas pode ser que daqui a 25 anos quando for publicada a lista com os nomes que a ex-provedora diz possuir, se fique a perceber e a conhecer o que de facto se passou (ou continua a passar...) e se possam evitar estas declarações "vocês sabem do que eu estou a falar"!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O congresso do PCC

No Grande Palácio do Povo, em Pequim, arrancou hoje o XVIIº Congresso Nacional do Partido Comunista da China.
Num país onde a transparência não existe (o congresso começa hoje mas não se sabe quando termina...) e o partido comunista tudo controla e dirige, a importância deste evento, que se realiza ordinariamente, de 5 em 5 anos, é de grande relevância, tanto mais que foi precedido, nos últimos meses, das habituais movimentações de bastidores que tinham como objectivo consolidar a liderança de Hu Jintao.
Não havendo surpresas, e tudo terá sido preparado para que estas não ocorram, Hu verá reforçada a sua liderança no partido e no governo, quer colocando gente da sua confiança nos lugares de topo, quer pela marca pessoal que pretende incluir no programa do partido, o "conceito científico de desenvolvimento".
Conceito que incorpora as ideias de maior respeito pelo ambiente e menor corrupção.

Mas enquanto o crescimento económico (é difícil falar em desenvolvimento...) prosseguir e a população continuar a ver os seus rendimentos aumentar (principalmente nas cidades) e a repressão não abrandar, o partido continuará firme a dirigir o Estado, sem reformas políticas, sem abertura e sem oposição.
E, como tal, torna-se tarefa hercúlea tentar expurgar a corrupção de uma organização que ocupa o poder há mais de 50 anos.
Porém, a tarefa de Hu, apoiado pelo 1º Ministro Wen Jiabao, não se encontra facilitada pois a economia chinesa permanece "super-aquecida", tendo aparentemente falhado as medidas macro-económicas e de correcção das disparidades sociais tomadas pelo Governo.
É que as reformas económicas empreendidas há quase 30 anos por Deng Xiaoping continuam a provocar muitas divisões dentro do partido.
Daí a necessidade de Hu focar as suas preocupações no reforço da unidade interna do partido e no combate às recentes propostas dos principais partidos de Taiwan que pretendem submeter a referendo a entrada da ilha rebelde nas Nações Unidas.

Fim do Ramadão

Ontem, celebrou-se em todo o mundo muçulmano a festa do Eid-al-Fitr, festividade que marca o fim do mês sagrado do Ramadão.
As fotos publicadas pela agência chinesa Xinhua, reportam-se às celebrações na Mesquita Jama (Jama Masjid), em Delhi, India.

domingo, 14 de outubro de 2007

Airbus 380

A Airbus vai entregar, na 2ª feira, o primeiro modelo A-380 à Singapore Airlines.
Este moderno aparelho tem duas versões: a standard, que pode transportar 555 passageiros (com três classes) e a charter, que pode transportar 853 passageiros.
A Singapore Airlines prevê começar a operar comercialmente com o A-380 no dia 25, com a ligação Singapura-Sidney.
Boa viagem.

Dá-lhe mais!

"Deu-lhe bem, mas se fosse eu ainda lhe dava mais", comentários de Alberto João Jardim às críticas de Luís Filipe Menezes ao primeiro-ministro José Socrátes, durante o congresso do PSD.

sábado, 13 de outubro de 2007

Al Gore

O Prémio Nobel da Paz de 2007 foi atribuído a Al Gore e ao Painel Intergovernamental para as Alterações Climatéricas.
O presidente do Comité Nobel justificou a atribuição do prémio pelo "esforço conjunto na criação e disseminação de um maior conhecimento acerca da influência humana nas mudanças climáticas, e pelo lançamento das bases necessárias para inverter essas mudanças".
O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa) é um grupo científico criado pelas Nações Unidas em 1988 que tem como objectivo monitorizar as alterações climáticas e analisar o conhecimento científico sobre o assunto. Em Fevereiro deste ano, o IPCC divulgou um relatório em que confirmou a extensão do aquecimento terrestre em curso e o grau de responsabilidade humana neste fenómeno.
Al Gore fez das alterações climatéricas a sua imagem de marca e venceu este ano o óscar para o "Melhor Documentário"pelo seu filme "Verdade Inconveniente".
Filme que um juiz britânico, recentemente, considerou conter algumas imprecisões ou "não verdades" e ter um conteúdo político.
Seja como for, o filme de Al Gore teve o mérito de abalar com as consciências em todo o mundo, e desde então, nunca se falou de tanto sobre o aquecimento global.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Óscar Lopes

Crítico, ensaísta, linguísta e historiador.
Há quem lhe chame o "professor dos professores".
Durante esta semana decorre, nas cidades do Porto e de Matosinhos, um conjunto de homenagens comemorativas do seu 90º aniversário.
Fui seu aluno, quando Óscar Lopes estava impedido de leccionar na Faculdade de Letras do Porto, por razões da sua oposição política ao regime anterior a 1974 e estava "obrigado" a leccionar a crianças para sobreviver.
Ao longo de quase três anos lectivos, interrompidos pelos acontecimentos de Abril de 1974, além dos ensinamentos relacionados com a língua portuguesa, recordo os seus discursos inflamados sobre a necessidade de aprender num país que registava (regista?) um atraso cultural tão grande, quando as crianças, que o ouviam, adoptavam comportamentos irrequietos que a sua exigência (e paciência?) não tolerava.
Quando amadureci e tomei consciência política, conheci o seu percurso pessoal e político e entendi, por fim, o conteúdo das mensagens que nos tinha transmitido nas salas de aula, mesmo ou apesar da distância ideológica que nos separa.
Aliás, nunca entendi o seu silêncio cúmplice e o seu comprometimento com o partido, que terá sido sempre o seu, pouco compatíveis com a sua dimensão intelectual.
Mas, fico, eternamente, com uma dívida de gratidão, aqui plenamente assumida, pela forma como soube transmitir o prazer que a leitura podia proporcionar e que me tem acompanhado pela vida.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Vou ali e já venho!!

A governadora civil de Castelo Branco afirmou que a visita dos agentes policiais ao Sindicato dos Professores da Região Centro, na Covilhã, se destinava a saber o local do protesto.
E, questionada porque razão os polícias não procuraram informar-se na autarquia, a governadora civil respondeu que:"Eles iam à câmara e pelo caminho passaram no sindicato."
A governadora civil de Castelo Branco é militante socialista e é casada com um secretário de Estado do Governo de José Sócrates.
O zelo destes funcionários policiais traz à memória os casos da directora da DREN ou, ainda, o ocorrido no centro de Saúde de Vieira do Minho.
Será que a vergonha despudorada destes servidores do poder não terá limites?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

A artista é a juíza

Uma juíza do Tribunal de Instrução Criminal do Porto decidiu arquivar o processo contra as 15 pessoas que ocuparam o Teatro Rivoli, durante três dias, e acusados do crime de introdução em local vedado ao público, porque "resulta dos autos que os arguidos estavam plenamente convencidos de que poderiam permanecer nas instalações do teatro. (...) aos arguidos foram transmitidas orientações no sentido de que estavam autorizados a ali permanecer" e, conclui que, por isso, nunca aqueles poderiam vir a ser condenados em sede de julgamento.
A senhora magistrada considera, ainda, que aquelas pessoas se limitaram a exercer o seu direito à opinião e à crítica em relação à política cultural do Município, não causaram prejuízos ao teatro ou ao município e que "os arguidos, artistas que são, movimentando-se nesse meio diferente que é o espectáculo, tiveram uma atitude de revolta também diferente".
Perplexos??
Nem tanto.
A partir de agora, os portugueses podem protestar e criticar, escolhendo a forma do protesto de acordo com as respectivas profissões.
Os artistas podem ocupar o que entenderem e ficar por lá o tempo que entenderem que são artistas e aos artistas tudo é permitido porque são diferentes do resto dos comuns.
E, podem, com a legitimidade que resulta de uma decisão judicial, estar acima da lei ou além da lei.
Tudo depende, né?

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Che

Foi morto pelo exército boliviano a 9 de Outubro de 1967, onde se encontrava com o objectivo de exportar a revolução cubana e fazer propagar a chama da revolta.
Nascido na Argentina, é considerado o maior ícone marxista do séc. XX.
Para alguns, Che Guevara é, nos dias de hoje, um mero símbolo, que aparece em camisolas, chapéus e cinzeiros.
Para outros, Che representa o pensamento independente, anti-guerra, pró-ambiente e anti-globalização.
Na América do Sul, os seus ideais continuam, mais que nunca, a inspirar os actuais movimentos sociais e de esquerda.
Novas biografias agora publicadas revelam, porém, que Che era um homem arrogante, egocêntrico, exigente, com uma retórica de ódio, totalitária e impiedosa perante os que dele discordavam.
40 anos depois, o folclore esquerdista está ao rubro.
Che, um mito?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Águas escuras

As notícias que envolvem os negócios de "outsourcing" de guerra no Iraque são, no mínimo, inacreditáveis.
Embora considerados incertos, os media norte-americanos revelam que devem estar no Iraque cerca de 180 empresas por contrato com os militares.
E, neste momento, existem naquele país do Médio Oriente, mais funcionários destas empresas que soldados norte- americanos (180 mil e 160 mil, respectivamente).
Esses funcionários cumprem tarefas tão variadas como lavar a roupa suja e cozinhar, embora cerca de 50.000 possam ser comandos, normalmente ex-militares, como os da Blackwater, contratados para proteger pessoas e bens e até para interrogar prisioneiros.
Só uma minoria será de cidadãos norte-americanos: há iraquianos, filipinos, chilenos, britânicos, entre várias outras nacionalidades.
A Blackwater é considerada especialmente problemática.
E a visibilidade internacional que estes negócios de outsourcing passaram a ter foi causada pela actuação (criminosa?) de funcionários da Blackwater.
De facto, as empresas contratadas são um dos aspectos mais visíveis e odiados da presença americana no Iraque e são confundidos com os próprios militares norte-americanos pela população local.
A actividade destas empresas privadas não estava enquadrada legalmente até esta semana, quando a Câmara dos Representantes aprovou legislação que poderá permitir que todos os trabalhadores das empresas de segurança privadas possam responder por abusos ou crimes em tribunais norte-americanos, pois a justiça iraquiana não tem qualquer jurisdição sobre eles.
Mas, esta legislação ainda terá que passar pelo crivo do Presidente Bush que a poderá vetar.
E, são publicamente assumidas as conexões da Administração Bush com alguns dos propríetários destas empresas de privadas, nomeadamente da Blackwater.

domingo, 7 de outubro de 2007

Peluches para adormecer

Foi recentemente posto à venda um novo peluche que emite sons intra-uterinos reais, o que permite tranquilizar os recéns- nascidos (e aos pais proporciona umas horitas de sono a mais).
Foi criado em 1975 por um norte- americano, mas só chegou agora a Portugal.
Curioso é que existe quem pense que este peluche pode obstruir um saudável desenvolvimento da criança, pois segundo alguns especialistas, as crianças não devem ser remetidas para um som sempre que se pretenda acalmá-las!!
Outros, acham que recordar sons intra- uterinos pode ajudar os bébes a acalmar e a não estranhar o mundo exterior, nada impedindo de se desenvolverem de forma saudável.
Será que funciona para adultos?

sábado, 6 de outubro de 2007

Um novo olhar para a escola

Foi o que pediu Cavaco Silva no discurso que proferiu nas comemorações do "5 de Outubro".
Um novo olhar, onde a figura do professor seja valorizada, prestigiada e acarinhada.
Sem os imobilismos que desde sempre caracterizaram os interesses sectoriais dos professores, mas com as exigências de quem merece respeito e tem de ser, de facto, acarinhado.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

A República





A República foi implantada em Portugal a 5 de Outubro de 1910.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007