A época do defeso em Portugal costuma ser fértil em notícias sobre partidas de jogadores dispensados e, sobretudo, em contratações de novos jogadores. Embora, esta situação ocorra na grande maioria das equipas da 1ª Liga, os três grandes clubes portugueses, e o Benfica em particular, costumam ser os protagonistas principais dessa notícias.
Este ano, no entanto, o Benfica tem vindo a ser original.
Agora, é mais operações financeiras!
Tudo começou pela OPA de Berardo.
Essa bela jogada financeira, em que Joe oferece 3.5 euros por cada acção de valor nominal de 5 euros!!
Depois, seguiu-se a criação do Banco Benfica.
E, agora, eis que surge a OPA dos chineses ao Benfica SAD ( e logo a 7 euros!!) e que levou a CMVM a suspender as respectivas acções em bolsa (entretanto retomada).
Será que o sentido do ridículo não tem fim??
Quando as notícias da OPA dos chineses (?) sobre ao Benfica SAD apareceram, apenas se referia o eventual interesse do grupo económico chinês em clubes de nomeada, tipo Sporting, Benfica ou um clube inglês!!
Mas, agora parece que afinal o FCPorto pode também ter despertado a cobiça desse grupo chinês!!
Se a intenção das notícias era animar a cotação das acções das SAD dos três "grandes" portugueses, o objectivo foi alcançado. O Benfica chegou a ser transaccionado a 6,11 euros (embora fechasse a cotação a 4.5 euros).
As acções do Sporting subiram 25% e as do Porto mais de 11%.
Entretanto, o comunicado da CMVM (http://www.cmvm.pt/NR/exeres/1D541723-6E15-4E27-86C5-BA3C412337F4.htm) é deveras esclarecedor sobre este assunto.
Não existe mais nenhuma OPA a não ser a de Joe Berardo, e esta já formalizada.
João Rocha, antigo presidente sportinguista, entretanto já veio afirmar que duvida do interesse de grupos chineses na compra de clubes portugueses (ele que tem mais de 30 anos de relações de negócios com a China).
Então porquê toda esta polémica?É para animar o defeso?
Parece que alguém anda a brincar com assuntos sérios. E sobre esses assuntos sérios, a CMVM tem por obrigação de zelar .
Não deveria esta entidade ir um pouco mais longe do que a mera emissão do comunicado a que fizémos antes menção?
