Ontem, em Portugal, decorreu uma vigília dedicada ao professor, recentemente falecido, de cancro na traqueia.
Este caso foi notícia em Portugal, e de uma outra professora com leucemia, igualmente já falecida, e que teriam sido considerados aptos para o trabalho por uma Junta Médica, da Caixa Geral de Aposentações, cuja tutela pertence ao Ministério das Finanças (no caso daquele professor porque "não estaria absoluta e permanentemente incapaz para o exercício de funções"!!) .
Questionada sobre o assunto, quando estes dois casos foram tornados públicos, a senhora ministra da Educação recusou responsabilidades, afirmando que " nenhum governo pode dar ordens a equipas médicas".
Questionada sobre o assunto, quando estes dois casos foram tornados públicos, a senhora ministra da Educação recusou responsabilidades, afirmando que " nenhum governo pode dar ordens a equipas médicas".
Se é verdade que a ministra da Educação não pode dar ordens às equipas médicas, também é verdade que esta situação é tão flagrantemente desumana que deveria merecer-lhe um outro tipo de comentário, sobretudo quando estes dois casos espelham a mais completa impunidade, irresponsabilidade e arbitrariedade administrativa.
Oxalá as mudanças, entretanto anunciadas pelo ministro das Finanças, na constituição das juntas médicas e a desejada colaboração com a Ordem dos Médicos, venha a permitir que no futuro situações como as que aconteceram possam ser evitadas e assim ultrapassar as mentalidades tacanhas de uns burocratas quaisquer.
