segunda-feira, 16 de julho de 2007

Obrigado Lisboa


António Costa ganhou as eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa com 57.907 votos ou seja 29.5% dos votos expressos (votaram pouco mais de 196 mil eleitores de um universo de 524 mil inscritos).
O primeiro- ministro Sócrates considerou que o PS averbou uma vitória (?).
Mas, a vitória é dele e não do partido, pois Sócrates conseguiu passar (politicamente) incólume mais uma prova eleitoral, mais por inércia dos adversários do que por mérito próprio, e por Costa não ter conseguido obter um resultado que lhe confira uma legitimidade (politicamente) forte para se lhe opor no PS.
Três notas mais sobre as eleições:
- a elevada abstenção registada revela o alheamento dos lisboetas para com os problemas da sua cidade ou a falta de qualidade política dos 12 candidatos? Não concordo com as opiniões catastrofistas que extrapolam a abstenção registada em Lisboa com o divórcio dos portugueses para com a política. Muitos comentadores políticos continuam a confundir Lisboa com o resto do país;
- afinal o CDS de Portas que tinha regressado ao partido com a promessa de o fazer regressar aos "velhos tempos de glória", nem o vereador que detinha anteriormente conseguiu manter, o que forçou Portas a ir para "reflexão". Telmo, o candidato, demitiu- se da vice- presidência do partido e da direcção do grupo parlamentar. Ribeiro e Castro deve- se estar a "rir";
- O PNR teve mais votos do que o partido de Manuel Monteiro e o candidato do PPM, e seu líder, Gonçalo da Câmara Pereira, obteve 745 votos.
Uma dúvida: será que Paula Teixeira da Cruz, líder da distrital de Lisboa do PSD ( também presidente da Assembleia Municipal daquela cidade e que não foi a votos), irá demitir-se da liderança distrital?