sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Guerra das estrelas

Os Estados Unidos abateram um satélite-espião que se encontrava à deriva e ameaçava despenhar-se na Terra.
O perigo, alegaram os norte-americanos, resultava do seu depósito de combustível que continha uma substância muito tóxica.
O satélite foi destruído por um míssil lançado a partir de um navio norte-americano que se encontrava no Pacífico.
Esta acção dos Estados Unidos foi imediatamente contestada pelos chineses que pediram mais informações sobre o ensaio efectuado e a quem acusaram de hipocrisia e de estarem a contribuir para a produção de mais lixo espacial.
É que, recorde-se, os Estados Unidos acusaram os chineses de estarem a desenvolver uma sistema de mísseis anti- satélite, na sequência da destruição, pela China, no ano passado, de um satélite meteorológico que se encontrava em órbita.
A Rússia juntou-se aos chineses nas críticas aos Estados Unidos, acusando a Marinha norte-americana de ter realizado um teste anti-satélite, pois o satélite destruído não constituiria uma ameaça real, e de os Estados Unidos terem aproveitado a oportunidade de efectuar um teste tecnicamente dificil, e, desse modo, acelerar o processo de militarização do espaço.
Dos países com tecnologia de destruição de um satélite em órbita, os Estados Unidos, a China, a Rússia e o Japão, só este último não criticou a atitude dos norte-americanos.
Parece que, definitivamente, está aberta a corrida à militarização do espaço, tendo, agora, os Estados Unidos demonstrado que estão, pelo menos, perto de desenvolver um sistema de destruição de satélites.