sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

El Rei Dom Carlos

Nasceu em 28 de Setembro de 1863 e foi o 13° rei de Portugal.
Em 1886, casou com D. Maria Amélia de Orleans, princesa de França, com quem teve dois filhos: os infantes D. Luiz Filipe e D. Manuel (que viria a suceder-lhe).
Sobe ao trono por morte do Pai, o Rei D. Luiz I, em 1889, quando o país atravessava uma profunda crise económica.
Para agravar a situação, em Janeiro de 1890, surge o denominado "Ultimato Inglês", no qual a Inglaterra exigia que o governo português mandasse retirar os exércitos que se encontravam entre as colónias de Angola e Moçambique, caso contrário, declararia guerra ao país.



Portugal acabou por ceder tendo sido atribuídas as culpas ao monarca pela incapacidade política na resolução do conflito.
Situação que foi politicamente aproveitada pelos republicanos e que veio a contribuir para a revolta republicana do Porto, em 31 de Janeiro de 1891.
D. Carlos foi reformador, poeta, pintor, desenhista, músico, cientista e oceanógrafo.
Sobre o monarca, escreveu Ramalho Ortigão:"Havia na personalidade do Rei D. Carlos um fundo singular de acanhamento orgânico, que ele publicamente encobria sob a máscara de uma altivez postiça. Na convivência íntima ele era mais do que afável, era terno, e a sua bondade chegava a ser humilde. Todos os seus criados o atestam: ele era o amo "que nunca ralhou'".
A 1 de Fevereiro de 1908, o Rei e o seu filho primogénito, D. Luiz Filipe, são assassinados em Lisboa, quando regressavam de Vila Viçosa.
O desaparecimento de D. Carlos contribuiu significativamente para a decadência da monarquia e para a facilidade do seu desaparecimento pouco mais de 2 anos mais tarde.