"Nós declaramos o Kosovo uma república democrática, secular e multi-étnica, guiada pelos princípios da não-discriminação e da igualdade de protecção aos olhos da lei. Nós vamos proteger e promover os direitos de todas as comunidades do Kosovo e criar as condições necessárias para sua a participação efectiva nos processos políticos e de tomada de decisão"
(Extracto da Declaração de Independência)
E um novo Estado nasceu na Europa.
Com o apoio dos Estados Unidos e da maioria dos países da União Europeia.
Fica nos confins da Europa, encravado entre a Sérvia, Albánia, Montenegro e Macedónia, com 2 milhões de habitantes.
A maioria é de origem albanesa (cerca de 90%), mas existe uma significativa minoria de origem sérvia, cuja protecção deverá ser um dos maiores desafios da nova Administração.
A expectativa dos locais quanto ao futuro é demasiado elevada para os respectivos dirigentes poderem cometer erros.
Mas esta independência é uma autêntica caixa de Pandora pois não se sabe muito bem o "efeito contágio" que poderá vir a desencadear.
Na União Europeia é por demais evidente a divisão dos seus membros no apoio à independência: de um lado, o Reino Unido, a Alemanha, Itália e a França, no apoio, e do outro, a Espanha, Bulgária, Chipre, Roménia e Eslováquia na oposição devido aos problemas internos que esta independência pode provocar.
O que revela, mais uma vez, a fraqueza da União Europeia, em matéria de política externa.
