quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Pessimismo


As notícias sobre os indicadores económicos mundiais que vão surgindo, nestes primeiros dias de 2008, não auguram optimismo.
E, se as expectativas já não eram as melhores, os indicadores agora revelados ainda conseguem agravar o sentimento, pois os indícios de que os EUA caminham para uma recessão continuam a avolumar-se.
O mercado do consumo norte-americano está a ser afectado pela crise no imobiliário e no crédito, como provam os resultados divulgados de que as vendas a retalho sofreram uma quebra significativa.
O Citigroup, maior banco dos EUA, apresentou prejuízos astronómicos, o que revela que os efeitos da crise no imobiliário e no crédito ainda se fazem sentir.
Na Europa, a recessão anda longe, por enquanto, mas o abrandamento da economia começa a dar sinais.
Nomeadamente, na economia alemã, onde o pessimismo é o principal indicador do sentimento económico, apesar do respectivo PIB ter quase atingido os 3%.
A subida dos preços também está a generalizar-se, tendo a inflação atingido os valores mais altos dos últimos anos em países como França, Itália ou Espanha, o que impede a descidas das taxas de juros para impulsionar a economia.
Antes, pelo contrário, a tendência das taxas deverá ser a subida, o que por sua vez poderá induzir à recessão.
As bolsas continuam a descer e o dólar também.
Será que os economistas são pessimistas por natureza?