terça-feira, 8 de janeiro de 2008

LeYa

A concentração de várias editoras portuguesas (como a D. Quixote, TextoEditora, ASA, Caminho e NovaGaia, entre outras) em torno da holding de Paes do Amaral, através da marca LeYa, mais que desconfianças pode gerar dúvidas no sucesso do, agora, maior grupo editorial português.
Num país caracterizadamente descrito como de (quase) ignorantes ou analfabetos, que preferem ler a "BOLA", a "MARIA" ou o "CORREIO DA MANHÃ" a um bom livro, que razões poderão levar um bem sucedido empresário, como Paes do Amaral, a comprar um conjunto de editoras portuguesas?
É verdade que o grupo passará a dominar a área escolar com uma quota de mercado de 35%, o que representa 2/3 dos resultados do grupo, para o corrente ano, mas será tal suficiente para garantir o seu sucesso?
Um dos propósitos do grupo é exportar os livros escritos por portugueses.
Para já é de louvar a criação do "Prémio LeYa de Romance", no valor de 100 mil euros, a atribuir, anualmente, a uma obra literária ( e não ao conjunto da obra de um autor como o Prémio Camões) e a ele poderão concorrer todos os autores de língua portuguesa.
O anúncio do vencedor será anunciado na Feira do Livro de Frankfurt (de 15 a 19 de Outubro).