domingo, 25 de abril de 2010

A revolução e o fado


Há um ano atrás escrevi que os cravos estavam murchos.
E hoje que dizer?
Que estão podres?
Não gosto do cravo, nem da flor, nem do seu simbolismo.
Recorda-me a tropa na rua, as manifestações constantes, a anarquia, as perseguições, a reforma agrária, Cunhal, os soviéticos, a descolonização, os portugueses em fuga, o Major Tomé/Acácio Barreiros, os capitães de Abril, o Conselho da Revolução, a guerra, a UDP, os abusos...a lista podia continuar.
Mas a revolução serviu para derrubar um regime que estava podre e por isso caiu.
Portugal em 2010 é um país melhor que em 1974.
Mas continua em crise e em crise profunda.
Que se agrava a cada dia que passa.
Não conseguimos dar a volta por cima.
Parece que já batemos no fundo, mas eis, de repente, que ainda nos afundamos mais.
Continuamos à espera que um salvador qualquer surja numa manhã de nevoeiro e nos salve!
É o nosso fado?!