sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Encerrado para balanço

É isso.
Muitas empresas encerram para balanço nos primeiros dias de cada ano civil.
Aqui vai suceder o contrário. Vai ser antes do final do ano.
Em 2008, haverá mais.
Até lá.
PAZ.

No mundo dos peixes

Um cientista português descobriu que, no mundo dos peixes, a liderança depende da forma como se urina.
A descoberta resultou de uma investigação, a um determinado tipo de peixe existente nas águas de Moçambique, que demonstrou terem os machos dominantes uma maior taxa de micção, uma urina com odor mais forte e uma maior capacidade de armazenamento nas bexigas.
Aliás, o maior odor e a maior capacidade de armazenamento são depois utilizados nas disputas com outros machos e para publicitar o estatuto de dominante.
Posições de liderança definidas pela demarcação do território com recurso à urina parecem, afinal, não ser exclusivas de alguns mamíferos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Tuvalu

Tuvalu é um arquipélago formado por um conjunto de ilhotas, no Pacífico sul, com 10 mil habitantes.
A ilha principal mais não é do que uma estreita língua de terra (em cima na foto), quase ao nível da água (10 cm acima do nível do mar) e onde vive a maioria da população.
Aliás, já agora, o mar invade a ilha, durante as grandes marés da Primavera e do Outono.
O Protocolo de Quioto foi assinado há dez anos e a sua validade termina em 2012.
As suas metas não foram atingidas e apenas obrigam 36 dos 176 países que o ratificaram.
Inclusivé, os principais países poluidores aumentaram, nos últimos anos, a emissão de gases com efeito de estufa.
Na Conferência Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climatéricas, que está a decorrer em Bali, a viabilidade de alcançar um compromisso pós- Quioto parece cada vez mais difícil.
Os Estados Unidos recusam o estabelecimento de metas e a Índia afirma não querer comprometer-se para não pôr em causa o seu desenvolvimento (!!).
A manter-se a actual situação climatérica, o Tuvalu vai desaparecer dentro de 50 anos e os seus habitantes vão constituir os primeiros refugiados em consequência do aquecimento global.

Homem Prada



Em entrevista ao jornal espanhol El País, José Sócrates aceitou partilhar, de forma algo inédita, alguma da sua intimidade!
Uma das pérolas foi quando confessou que calça sapatos da marca Prada...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Cimeira UE/África (III)

Nada melhor do que os "outros" para apreciarem os resultados da Cimeira entre a União Europeia e África, que decorreu em Lisboa, no passado fim-de-semana.
A realização da Cimeira não escapou a uma observação atenta dos chineses que sabem são vistos pelos europeus como uma potência rival, ou não oferecesse a China aos países africanos ajuda ao desenvolvimento sem condições políticas, sociais ou ambientais, além de empréstimos a juros baixos e perdão de dívidas.
Por isso, o balanço feito pelos meios de comunicação chineses (que, obviamente, transmitem a posição oficial), não podia deixar de ser negativo, por contraste com as boas relações entre o seu próprio país e o continente africano.
E dão como exemplo, a recusa africana para celebrar acordos comerciais coma Europa.
O Diário do Povo, órgão do PC chinês, refere mesmo que os europeus não se conseguem desembaraçar da sua "mentalidade colonial"!
A Xinhua, agência noticiosa chinesa, noticia que "os líderes africanos e europeus terminam cimeira com divisões quanto a direitos humanos e comércio".
Outros falam de "desaire" ou do "cheiro a pólvora muito forte".
A imprensa chinesa louva, por isso, as relações entre a China e o continente africano, rebatendo as acusações de neo-colonialismo chinês (lançadas pelos europeus), e de que o interesse de Pequim nos recursos humanos africanos leva a China a apoiar regimes corruptos ou que violam os direitos humanos.
Para os norte-americanos do "International Herald Tribune", a harmonia foi dificil de encontrar entre os europeus e os africanos.
E falam mesmo de conflito aberto em relação ao comércio e aos direitos humanos.
E de perda de influência da Europa em África.
Em África fala-se mesmo da oposição dos africanos às exigências europeias e da preferência pela cooperação com outras potências que não as europeias, a começar pela China, Índia ou Brasil.
A uma pergunta de um jornalista se estava satisfeito pela forma como tinha decorrido a Cimeira, Sócrates respondeu "então não se nota na minha cara?".
Como estará a cara de Sócrates agora?

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Impunidade

A impunidade com que se mata no Porto está a abalar a ideia de que os portugueses são um povo de brandos costumes, tanto mais que os crimes são cometidos de forma bem profissional.
Acima de tudo, o que é algo assustador é a ineficácia que as autoridades parecem revelar, dando indicações que terão sido apanhadas desprevenidas e, tentam, à pressa, pôr cobro à violência (bem) organizada.
Mais um, alegadamente, segurança, foi morto.
Recorde-se, o sexto em 5 meses.
Claro que o Director Nacional da PJ vem tentar sossegar o povo, afirmando que em breve esta onda de violência estará terminada.
Concordo com ele: a onda de violência terminará....quando os seguranças se matarem todos uns aos outros, com as autoridades a ver de longe!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Os bois pelos nomes

A semana passada, em Macau, foi marcada, politicamente, pelas declarações bombásticas (pelo menos assim consideradas nos meios jornalísticos lusos) proferidas por Au Kam San (o senhor na foto), deputado democrata, em plena Assembleia Legislativa (AL).
Eis, alguns extractos:
Na época da governação colonial, os cidadãos de Macau nada podiam fazer quanto aos actos praticados pelos administradores não indígenas. Terminada a governação colonial e criada a RAEM Macau devia abrir uma nova etapa e o espírito de posse das suas gentes ser acordado pelo princípio ‘um país, dois sistemas’. Porém, o dono não somos nós”, afirmou.
E, prosseguiu, afirmando que os recursos políticos do Governo da RAEM “são monopolizados por uma minoria”, enquanto os económicos “são roubados à-vontade por uma outra minoria". Minorias que, acusa, “vendem os bens do Estado a preço de saldo” em “roubos” que “atingem um grau tão feroz que até os governantes colonialistas teriam dificuldade em com eles rivalizar”.
Foi, então , que proferiu a frase da polémica: “Houve já há tempos opiniões no sentido de que os recursos públicos roubados nestes últimos oito anos atingiram valores superiores aos roubados pelos portugueses durante quatrocentos anos."
O discurso de Au Kam San mereceu a (inflamada) contestação dos chamados deputados portugueses (na realidade macaenses) que vieram defender a honra da comunidade portuguesa tendo um deles chegado a afirmar que as declarações do deputado democrata podia pôr em causa as relações China- Portugal.
O director de um jornal em língua portuguesa chamou de inimputável ao deputado.
O próprio cônsul português também já veio pedir explicações, tendo, ainda, afirmado que tais declarações punham em causa o nome de Portugal.
Todas estas reacções (tipo virgem ofendida?), fica sempre bem, em nome do decoro e do politicamente correcto.
Mas, o problema prende-se com a qualidade (ou falta dela...) dos deputados na AL e resume-se a isso.
Problema que se nota por demais e em muitas ocasiões.
O problema do deputado é que se fica pelas opiniões, pelo "ouvi dizer", o que, convenhamos, não abona muito a favor de quem profere tais declarações!
Não é Macau a terra dos rumores e dos boatos???
Espero que na próxima, sim porque há-de haver uma próxima, alguém não se lembre de vir pedir uma indemnização aos colonizadores, como fez o Kadhafi na Cimeira UE/África.

domingo, 9 de dezembro de 2007

País deprimido

São honestos, tradicionalistas, pessimistas, as suas maiores preocupações são a recessão e o desemprego, o amor duradouro é mais importante do que o sexo (mas acham que o sexo é bom), não gostam de novidades e por isso preferem as marcas conhecidas (a Mercedes é a preferida e poucos conhecem a Apple), trabalham tantas horas quanto os outros povos europeus, fazem pouco exercício físico, não jogam computador, não lêem jornais na internet e é baixa a utilização desta para transacções bancárias.
Este é o retrato dos portugueses, que continuam deprimidos, acrescente-se.
E estes são os resultados de um estudo efectuado em 31 países, envolveu 40 mil pessoas e analisou as opiniões de consumidores sobre temas tão variados como a situação do país, ambiente, tempos livres e estilos de vida, valores pessoais, tecnologia e influência de marcas.
Outros dados curiosos daquele estudo foram por exemplo que os mais optimistas são os chineses e os indianos (porque será?), embora na Europa ninguém bata os espanhóis e britânicos.
Mais pessimistas do que os portugueses só os japoneses.
A Espanha preocupa-se com o terrorismo, o México com a sida e a Suécia com a poluição.
Os russos e os brasileiros são os povos que mais valorizam o sexo.
E para estes últimos a honestidade é importante, mas já não para os japoneses.
A India e a Turquia são campeões na busca de produtos novos e os japoneses os menos fiéis às marcas.
Os chineses adoram jogos electrónicos e os suecos e australianos os que mais praticam exercício físico (se bem que os suecos dêem pouca importância ao aspecto físico).
Quanto a exercício físico, piores do que os portugueses, só os turcos.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Cimeira UE/África (II)



De acordo com a Freedom House, dos 53 países africanos apenas 11 podem ser considerados livres.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Que o Farol os ilumine

O Governo de Macau autorizou a construção de 2 edificios no sopé da Colina da Guia, onde se encontra o Farol da Guia, a Fortaleza da Guia e a Igreja de Nossa Senhora da Guia (na imagem), e que é um dos locais históricos que foi declarado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, em 2005.
Acontece que aqueles edificios têm 99 metros de altura, um, e o outro 126 metros, o que vai provocar que o Farol deixe de ser visto de certos locais de Macau, com até agora acontecia, que podia ser visto de qualquer perspectiva.
A autorização governamental provocou alguma polémica local, nomeadamente de alguns moradores vizinhos do Farol, com as autoridades a defenderem-se com a inevitabilidade do crescimento de Macau, a escassez de terra e, consequentemente a necessidade de construir em altura!!
Aliás, os activistas da defesa do Farol chegaram a ser acusados de estarem contra o crescimento de Macau e de má-fé, argumentando o Governo local que as construções estão a ser efectuadas em terrenos que não estão em zonas protegidas.
Porém, durante a discussão das LAG (Linhas de Acção Governativa), para 2008, veio a saber-se que o Governo central chinês enviou uma carta ao Governo de Macau indagando acerca do que estava suceder a este respeito, na sequência de uma missiva que a UNESCO fez chegar àquele manifestando a sua preocupação com a protecção (ou falta dela...) do património que o Governo de Macau estaria a fazer.
O curioso disto tudo é que um dos edificios, o de 99 metros, é propriedade do Gabinete de Ligação do Governo Central em Macau, que acabou por aceitar reduzir a altura do mesmo para 90 metros, altura que todavia continua impedir que o Farol seja avistado de certas perspectivas.
O que toda esta "embrulhada" revela é que o importante é o crescimento desenfreado, sendo o património considerado um impecilho.
Aliás, o "crescimento" dá muito mais dinheiro, certo?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Mulheres na cozinha

As mulheres continuam na cozinha.
Pelo menos, é esse o resultado de um estudo internacional levado a cabo por uma universidade norueguesa que envolveu 18 mil casais, com idades entre os 25 e os 65 anos, de 34 países.
As respostas mostraram que, apesar das mudanças na sociedade, são as mulheres as que dedicam significativamente mais tempo à casa (cozinhar, lavar, arrumar ou fazer compras).
O estudo revelou, ainda, que nas sociedades onde as mulheres ocupam lugares de destaque há menos diferenças na distribuição de tarefas em casa, mas ainda assim elas continuam a trabalhar mais do que eles.
Não existe nenhum país onde os homens dediquem mais horas às tarefas domésticas do que as mulheres.
Será que alguém ficará surpreso com os resultados do estudo?
Já é altura de abandonar a ideia (preconceito?) de que as tarefas domésticas são tarefas menores e que, por isso, cabem (quase) exclusivamente a quem se encontra "menorizada" no casal.
Haverá homens que nunca tenham ido às compras, arrumado, lavado ou cozinhado?
Os homens dedicam menos horas a essas tarefas do que as mulheres.
Ok? E, então?
Quantas horas é que elas dedicam a lavar o carro?
Será por acaso que elas dizem sempre que tudo fica melhor quando são elas a fazer?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Quaresma

para mais tarde recordar...

Olha Deus!




"Afinal, existes!"

É o que Mário Soares dirá a Deus se O encontrar, depois da sua morte, segundo confessou num colóquio em que participou, dedicado ao papel da mulher nas religiões.

Foi-se mesmo?



"Não exercerei funções no banco, mas não saio", disse Jardim Gonçalves.
Será que ele também vai andar por aí?
Outros que também andaram por aí, já regressaram...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Por ahora


A Venezuela parece ter conseguido evitar o socialismo do século XXI que Chávez queria implantar.
Mas, o presidente venezuelano deixou claro qual o seu conceito de democracia ao afirmar que aceitava os resultados do plebiscito, "por ahora" (por agora)!!!

Efeméride



Francisco Sá Carneiro faleceu na noite de 4 de Dezembro de 1980, em consequência da queda do avião onde viajava, em plena campanha eleitoral para as presidenciais que se realizariam dias depois.
Era primeiro-ministro de Portugal.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Pérolas de Macau

Uma das especificidades de Macau revela-se através da qualidade dos deputados da Assembleia Legislativa.
Por isso, vale a pena ler este pequeno extracto relativo às intervenções que são efectuadas em plenário e foram publicadas num jornal local:

Primeiro foi Fong Chi Keong, sempre ele, o tal das taças de arroz da semana passada, disse que “se os cidadãos não têm meios para se queixar [dos Serviços de Saúde] depois suicidam-se”; que o Governo dá subsídios às associações e estas andam a organizar manifestações como as do 1º de Maio. “É preciso ter mão nas associações!”. Depois, Susana Chou, a presidente, referiu-se com insistência aos fogões dos TNR (jargão da classe política para designar cidadãos trabalhadores não residentes). “Os TNRs não têm onde ir passear, vão ali para os lagos, precisam de se divertir, mas fazem lixo”, disse repetindo comentários acerca das condições de habitação dos TNRs e do eventual incómodo provocados ao locais. A seguir, Tina Ho defendeu que “os estudantes da Universidade fiquem nos dormitórios porque podem ganhar experiência de vida colectiva”. Au Kam San também contribuiu propondo a limitação nos jornais de anúncios de mulheres com pouca roupa. Por fim, Kou Ho In notou que “no interior da China os estudantes gostam todos muito de ir à escola. Aqui em Macau não. Não se aguenta! É um sofrimento!”. Lá para o fim da sessão, alguém ainda teve força para protestar contra a prática do basquetebol à meia-noite. Parece que não é muito normal!
extracto do hojemacau (30-11-2007), por Carlos Picassinos

domingo, 2 de dezembro de 2007

É nosso

O Estado português exerceu o direito de compra de Deposição de Cristo no Túmulo, quadro de Giambattista Tiepolo.
O artista veneziano terá pintado este quadro em Espanha entre 1769 e 1770 e ia à praça em Lisboa com uma base de licitação de 1,5 milhões de euros, valor pelo qual terá sido arrematado.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Pela Restauração

Foi no dia 1 de Dezembro de 1640 que um punhado de portugueses (dizem que 40) tomou de assalto o Paço da Ribeira, onde se encontrava a Duquesa de Mântua, representante da Coroa espanhola.
Expulsa a Vice- Rainha e dominados os militares espanhóis, os revoltosos logo trataram de proclamar a independência de Portugal e o seu novo Rei D. João IV, até então duque de Bragança, coroado a 15 de Dezembro.
Seguramente, haverá muitos mais pormenores para contar sobre o dia em que Portugal viu restaurada a sua independência face a Espanha, mas este não é o local apropriado, nem eu sou perito em História.
Mas, a referência que agora é feita ao episódio histórico serve não só para recordar um feito brilhante da nossa história comum, mas também para lamentar que este dia não seja aproveitado para tentar melhorar a auto-estima dos portugueses e o orgulho no seu passado e história, sem nacionalismos bacocos e bafientos.

Para não esquecer

Dia Mundial de Luta Contra a Sida