 As afirmações de António José Morais ao DN, publicadas na edição do passado domingo, contêm um conjunto de afirmações que dispensam qualquer comentário.
As afirmações de António José Morais ao DN, publicadas na edição do passado domingo, contêm um conjunto de afirmações que dispensam qualquer comentário.A seguir alguns pequenos extractos que ajudam a conhecer um pouco o perfil do antigo professor da UnI:
- " Não vigiou nenhum dos quatro exames correspondentes às quatro disciplinas que leccionou a José Sócrates?
Nenhum dos exames. O regente de uma cadeira, em geral, não vigia exames. Tem coisas mais importantes para fazer...";
- " Foi professor de Sócrates em quatro disciplinas diferentes. Essa acumulação é normal no ensino superior? 
Absolutamente normal, tanto mais que, na altura, os alunos na UnI eram poucos e era necessário aproveitar os recursos. É preciso também não esquecer que Sócrates chega à UnI com 95% das disciplinas inerentes a uma licenciatura em Engenharia Civil efectuadas.";- " O senhor inscreveu-se no PS na Covilhã; foi lá professor; morou no Fundão entre 89 e 91, quando Sócrates já era uma figura relevantíssima no PS do distrito. Como é possível que não o conhecesse?
Eu não fazia militância no PS. Inscrevi--me no PS da Covilhã porque um professor da UBI, que já está reformado, me convidou para integrar a comissão de honra no distrito da recandidatura presidencial do dr. Mário Soares [Janeiro de 1991]. Esse professor era opositor do deputado José Sócrates, estavam em listas opostas."- "Mas quem era esse professor?
Era catedrático de Economia, já está reformado, agora não me recordo do nome dele. Entrei no PS em Janeiro de 1991 e penso que em Março já estava em Lisboa, por razões pessoais.";- "E como é que foi a militância em Lisboa?
Em determinada altura começou a campanha para a eleição de uma nova comissão política concelhia em Lisboa. Apoiei a candidatura de Miguel Coelho. Comecei a frequentar as sessões dele e entre nós surgiu alguma empatia. Ele convidou-me para integrar o secretariado dele. José Sócrates apoiou Nuno Baltazar Mendes. Miguel Coelho não foi apoiado pelos notáveis do PS." ;- "E aí onde é que entra Armando Vara?
Eu era uma referência do PS em Lisboa. Tínhamos acabado de ganhar a concelhia. Foi no Altis que fui apresentado a Armando Vara. Ele já estava no Governo."- "Como é que se torna assessor dele e depois director do GEPI, nomeado por ele?
Em 1995 eu tinha uma carreira política. Toda a gente falava de mim. Eu era a estrela emergente do PS em Lisboa. Um putativo candidato a ministro e não a director-geral. É natural que Armando Vara, quando precisou de um engenheiro, se tenha lembrado de mim."Perante "amigos" destes, para que precisa Sócrates de adversários?
 
