Agora que se vai conhecendo, em pormenor, o acordo celebrado entre as autoridades portuguesas e os representantes da troika BCE+FMI+CE (na foto), os analistas qualificam-no como um "bom acordo".
Até pode ser que seja e permita alcançar a estabilidade financeira e económica de que Portugal tanto precisa (a capacidade para Portugal o implementar já vai ser outra conversa).
Mas, nada do que nele consta é novidade.
Antes são medidas que têm vindo, há anos, a ser discutidas, mas que nenhum dirigente nacional teve a coragem e a vontade de aplicar.
Por isso, o "bom acordo" é acima de tudo a demonstração da incapacidade portuguesa de adoptar as medidas que deveriam ter sido postas em prática há muito tempo.
É humilhante que tivesse sido necessário virem uns técnicos burocratas do exterior para elaborar, em cerca de 3 semanas, um programa de reformas que os portugueses sabiam ser indispensável para viabilizar Portugal.
