segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Dexia pra lá!

É uma das maiores instituições financeiras europeias.
Tem capitais franco-belgas (e uma subsidiária luxemburguesa).
Foi um dos bancos mais bem classificados nos testes de stress levados a cabo pelas autoridades europeias de supervisão bancária.
Mas, desde o início deste ano, as suas acções acumularam perdas superiores a 65%.
Afinal, trata-se de um banco, europeu, demasiado vulnerável à crise soberana da Europa, onde os seus produtos tóxicos, nomeadamente a exposição à Grécia (incluindo a dívida pública e a privada), ultrapassa os 4,8 mil milhões de euros e a Portugal (ascende a mais de 5,7 mil milhões de euros).  
Vai ser desmembrado e nacionalizado pelos governos francês e belga (o que irá seguramente ter impacto na respectiva dívida pública).
Entretanto, este fim-de-semana, Sarkozy e Merkel reuniram, de novo, tendo decidido injectar mais dinheiro (mais uns mlhares de milhões de euros) na recapitalização da banca europeia.
Com o "hair cut", entenda-se perdão, parcial da dívida à Grécia, mais do previsível, até ao final do ano, a banca europeia, mais precisamente, a alemã e a francesa, bem precisam de muitos milhões de euros para se aguentarem. 

domingo, 9 de outubro de 2011

sábado, 8 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Durão

Barroso anda imparável.
Depois de um discurso no Parlamento Europeu elogiado por muitos, o Presidente da Comissão Europeia desdobra-se em entrevistas.
Mas, onde andou nos últimos anos?
Sem peso político, Barroso não esquece (ou não consegue esquecer ou não deixam que ele se esqueça) que deve o seu lugar aos principais líderes europeus.
Além disso, apanhou com o Tratado de Lisboa que, de certa forma, esvaziou algumas das suas funções, criando por um lado, o lugar de Presidente do Conselho Europeu (que preside às reuniões onde têm assento os líderes dos países membros da União), lugar exercido por um belga chamado Herman Van Rumpoy e, por outro, pelo Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, cargo exercido pela irlandesa Catherine Ashton.
Mas, o eixo Paris- Bona continua a ser quem de verdade dirige a União, com Merkel a impôr as suas ideias, levando a reboque Sarkozy, com as consequências que se conhece.
Por isso, pouca margem de manobra resta a Barroso, entalado entre o directório (Paris- Bona) que de facto dirige a União e o Sr Rumpoy, que nada mais faz, a não ser manifestar as opiniões do directório.
Quanto à Senhora Ashton, tem um papel demasiado insignificante para agora se falar dela.
Alheado disto tudo, está o Reino Unido, fora do euro e também com um pé dentro e outro fora da União (postura tradicional dos britânicos), sem fazer barulho para os mercados não repararem que a sua dívida soberana e o seu endividamento é um dos maiores da União.
E, assim, vai a Europa.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

De propósito

De facto parece de propósito.
A prisão e a libertação de Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, é inacreditável. 
Contada, ninguém acredita, só assistindo e, mesmo assim!!...
Trata-se de mais um (muito) lamentável episódio de como se faz justiça em Portugal.
Este processo de Isaltino é mais um bom exemplo de como se processa a justiça portuguesa: alguém é condenado, mas recorre, o Tribunal superior confirma a decisão mas com uma pena menor e sem a pena acessória de perda de mandato.
Esta decisão, na prática, significaria que, se Isaltino fosse para a cadeia, poderia continuar a exercer o mandato para que foi eleito, como Presidente de Câmara, pelos eleitores de Oeiras. 
Mas, entretanto, o condenado, recorre, com dois recursos distintos, ambos com caracter suspensivo, para o Tribunal Constitucional que decide um, mas não o outro.
A seguir o Tribunal de Oeiras manda prender Isaltino porque, alegadamente, desconhece que ainda se encontra pendente um outro recurso.
Quase 24 horas depois, e após mais um escândalo, o Tribunal de Oeiras repara o seu erro e manda libertar Isaltino.
Complicado?
Confuso?
Nã!!!!
É a justiça portuguesa na maior.
Será que a troika pode fazer alguma coisa?

domingo, 2 de outubro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011