Luz desligada

"Devido às quebras de bancos, queda nas bolsas, cortes no orçamento, à crise nos combustíveis e pelo racionamento mundial de energia, informamos que a famosa 'luz no final do túnel' está temporariamente desligada".

Citações

"A promiscuidade entre a política e os negócios pode ser perfeitamente legal, mas pode matar um regime", escreve António Barreto, na sua crónica habitual de domingo no "Público" (7 de Dezembro de 2008).

E vale a pena recordar o que escreveu Pacheco Pereira, na Sábado (edição n.º 239), "que não é possível enriquecer honestamente em política (...), mesmo que isto pareça ir contra a sabedoria abstracta e justicialista de café".

Só resta (re)começarmos a ler os livros de Eça de Queiroz...

Memória

Foi a 4 de Dezembro de 1980, em Camarate, que desapareceu Francisco Sá Carneiro.

E, nessa altura, desapareceu também uma boa parte da esperança na construção de um Portugal mais justo, mais desenvolvido e mais democrático.

Homem determinado e de convicções fortes, Sá Carneiro era igualmente um político de rupturas, mas vertical.

Por isso, rapidamente, caiu no esquecimento.

O seu desaparecimento prematuro deixou um vazio que mais nenhum político conseguiu preencher.

Haja dignidade

Todos lembramos a desilusão que foi a prestação dos atletas olímpicos em Pequim, a que as medalhas de ouro de Nelson Évora e a de prata de Vanessa Fernandes deram um gosto menos amargo.

Todos lembramos as promessas e as expectativas criadas pelo presidente do Comité Olímpico Português (COP), Comandante Vicente Moura, fez sobre o que iria ser a prestação dos nossos atletas nos Jogos de Pequim.

Todos lembramos as afirmações que fez acerca da sua não recandidatura e depois candidatura à presidência do COP.

A Comissão de Atletas esteve bem ao declarar que não apoiava a recandidatura do Comandante.

Para Nuno Fernandes, presidente da Comissão, "de um comandante dum navio espera-se que saiba manter o rumo, segurando o leme com firmeza, e que não saia do seu posto a meio da viagem, mesmo que haja tempestade".

Há que assumir os erros e tirar as consequências.

A culpa não pode ficar solteira.

Mas, como estamos num país a brincar, claro que tudo vai ficar na mesma.

Haja dignidade.

Vitor Baia

O antigo guarda-redes do FCPorto, e da selecção nacional, foi recentemente distinguido com o Prémio "Alto Prestígio", atribuído pela Confederação do Desporto de Portugal (CDP).
Ao longo da sua brilhante carreira, Baía somou 80 internalizações AA e ganhou todos os títulos em disputa no futebol, nos 18 anos de ligação ao FCPorto enquanto jogador (apenas interrompido por duas épocas em que esteve no Barcelona).
É, também, o jogador de futebol com mais títulos a nível mundial.
A distinção da CDP foi, ainda, atribuída, este ano, à selecção nacional de hoquéi em patins campeã do mundo de 1947.